No dia em que a morte do amigo Wilson Toni completa 5 anos, 2 de dezembro de 2010, tomo a liberdade de dividir com vocês um texto da também amiga Cristiane Bezerra sobre nosso grande professor...
“Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim...”
Confesso. Vai doer pra sempre.
Engraçada essa coisa de tempo. Com a ausência de um amigo é assim. De repente, quando a gente fala na pessoa, parece que foi ontem. É possível rever detalhes do momento vivido.
Agora há pouco eu contava para a Claudinha uma vez, quando o pai de uma grande amiga de Campinas morreu. Recebi a notícia sentada em frente ao Wilson Toni, na redação do Jornal Verdade. Fiquei triste, queria ir até lá, mas lembrei que meu carro estava na oficina.
Na mesma hora, ele pegou a chave do seu “Cupped”, da Hyundai, um vermelhinho esportivo possante que tinha, e passou às minhas mãos.
Fui ao velório em Campinas e no dia seguinte, na volta, escapei de um engavetamento, mas o motorista da Kombi que veio atrás de mim não viu o trânsito parado e bateu atrás.
Ao chegar, fui dar a notícia ao Toni. “Toni, você já ouviu falar em garoa e mau tempo? Ele balançou a cabeça positivamente. “Toni, você já ouviu falar em engarrafamento?” Novamente acenou que sim. Aí, emendei... “E em engavetamento?...” Ele colocou a mão na cabeça na posição três (brincávamos que ele tinha três estágios de nervoso, com a mão começando de um lado da cabeça e finalizando do outro... nas piores situações...) e ... “Você bateu meu carro?”... Completei... “Eu não. Por acaso bateram num carro vermelho importado que, por azar, eu estava dirigindo naquele momento...”
Enfim, o dano não tinha sido de grande monta e eu já havia tomado todas as providências, quando dei a notícia o carro estava sendo consertado, inclusive. O pior de tudo, na opinião dele, foi eu ter contado que quando o policial rodoviário viu o documento e perguntou se eu era dona do Jornal Verdade (o carro estava em nome da Verdade, Gráfica e Editora) eu disse que não, que era mulher do dono!.. A partir daí, fazia questão de contar pra todo mundo que eu era barbeira, que tinha batido seu carro, mas que isto não era nada, o mais grave era eu ter dito ao policial que era casada com ele...
Foram muitas histórias e emoções.
Hoje, 5 anos se passaram, desde aquele 2 de Dezembro. Dia do Samba. Ele, que tantas vezes cantava conosco “Hoje o samba saiu, procurando você, quem te viu, quem te vê”...
Foi, mas deixou muita coisa.
Um vazio no rádio, uma lacuna na televisão, um hiato profundo na política, mas acima de tudo, uma dor de saudade grande, doída, sofrida, para os amigos.
Era amado por muitos, por ser exatamente como era.
Era odiado por muitos, por ser exatamente como era.
E exatamente por ser quem e como era, é absurdamente insubstituível. No jornalismo, na política, nos meios jurídicos, mas ainda mais, nas nossas tantas mesas; no Ponto Chic aplaudindo o Buenão, no Sanduíche da madrugada no Klebão, nas tantas pizzarias e restaurantes, casas nas praias de Guaecá, Paúba, Ubatuba, Maresias, Paraty, na Dona Neusa, no Abranche... ao redor das quais cantávamos, escrevíamos, jogávamos baralho, discutíamos e celebrávamos a dádiva da vida e a generosidade de Deus por nos conceder tão grandes e bons amigos.
5 anos sem Toni.
Em homenagem a ele, transcrevo um bilhete que me deixou, num guardanapo, numa noite em que eu chorava por um amor perdido e ao mesmo tempo ria com as piadinhas sem graça que ele contava tentando me animar...
”Batam palmas com vontade, merece uma homenagem, quem tem forças pra cantar, trazendo uma lágrima no olhar!”
Confesso. Vai doer pra sempre.
Engraçada essa coisa de tempo. Com a ausência de um amigo é assim. De repente, quando a gente fala na pessoa, parece que foi ontem. É possível rever detalhes do momento vivido.
Agora há pouco eu contava para a Claudinha uma vez, quando o pai de uma grande amiga de Campinas morreu. Recebi a notícia sentada em frente ao Wilson Toni, na redação do Jornal Verdade. Fiquei triste, queria ir até lá, mas lembrei que meu carro estava na oficina.
Na mesma hora, ele pegou a chave do seu “Cupped”, da Hyundai, um vermelhinho esportivo possante que tinha, e passou às minhas mãos.
Fui ao velório em Campinas e no dia seguinte, na volta, escapei de um engavetamento, mas o motorista da Kombi que veio atrás de mim não viu o trânsito parado e bateu atrás.
Ao chegar, fui dar a notícia ao Toni. “Toni, você já ouviu falar em garoa e mau tempo? Ele balançou a cabeça positivamente. “Toni, você já ouviu falar em engarrafamento?” Novamente acenou que sim. Aí, emendei... “E em engavetamento?...” Ele colocou a mão na cabeça na posição três (brincávamos que ele tinha três estágios de nervoso, com a mão começando de um lado da cabeça e finalizando do outro... nas piores situações...) e ... “Você bateu meu carro?”... Completei... “Eu não. Por acaso bateram num carro vermelho importado que, por azar, eu estava dirigindo naquele momento...”
Enfim, o dano não tinha sido de grande monta e eu já havia tomado todas as providências, quando dei a notícia o carro estava sendo consertado, inclusive. O pior de tudo, na opinião dele, foi eu ter contado que quando o policial rodoviário viu o documento e perguntou se eu era dona do Jornal Verdade (o carro estava em nome da Verdade, Gráfica e Editora) eu disse que não, que era mulher do dono!.. A partir daí, fazia questão de contar pra todo mundo que eu era barbeira, que tinha batido seu carro, mas que isto não era nada, o mais grave era eu ter dito ao policial que era casada com ele...
Foram muitas histórias e emoções.
Hoje, 5 anos se passaram, desde aquele 2 de Dezembro. Dia do Samba. Ele, que tantas vezes cantava conosco “Hoje o samba saiu, procurando você, quem te viu, quem te vê”...
Foi, mas deixou muita coisa.
Um vazio no rádio, uma lacuna na televisão, um hiato profundo na política, mas acima de tudo, uma dor de saudade grande, doída, sofrida, para os amigos.
Era amado por muitos, por ser exatamente como era.
Era odiado por muitos, por ser exatamente como era.
E exatamente por ser quem e como era, é absurdamente insubstituível. No jornalismo, na política, nos meios jurídicos, mas ainda mais, nas nossas tantas mesas; no Ponto Chic aplaudindo o Buenão, no Sanduíche da madrugada no Klebão, nas tantas pizzarias e restaurantes, casas nas praias de Guaecá, Paúba, Ubatuba, Maresias, Paraty, na Dona Neusa, no Abranche... ao redor das quais cantávamos, escrevíamos, jogávamos baralho, discutíamos e celebrávamos a dádiva da vida e a generosidade de Deus por nos conceder tão grandes e bons amigos.
5 anos sem Toni.
Em homenagem a ele, transcrevo um bilhete que me deixou, num guardanapo, numa noite em que eu chorava por um amor perdido e ao mesmo tempo ria com as piadinhas sem graça que ele contava tentando me animar...
”Batam palmas com vontade, merece uma homenagem, quem tem forças pra cantar, trazendo uma lágrima no olhar!”
1 comentários:
oi giuliano sou fatima de porto alegre voce é muito tri legal principalmente seu programa você é engraçado gostei mais da reportagem do gari que vi em foto no facebook e de uma peruca que vc virou o clodovil parte 3 hahahah
9 de abril de 2011 às 10:13Postar um comentário